Alquimia é a palavra que se enquadra perfeitamente ao
livro em questão.
De acordo com o dicionário Houaiss Alquimia significa “a química da Idade Média, que procurava descobrir a panaceia
universal, ou remédio contra todos os males físicos e morais, e a pedra filosofal,
que deveria transformar os metais em ouro; espagiria, espagírica.”.
Victoria Jones sempre foi uma menina
arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil,
passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para
outra, até ser considerada inapta para adoção.
Ainda criança, se apaixonou pelas
flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto
foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com
quem quis ficar... até pôr tudo a perder.
Agora, aos 18 anos e emancipada, ela
não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça
pública, onde cultiva um pequeno jardim particular.
Quando uma florista local lhe dá um
emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar
nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores
e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.
Em seu livro de estreia, Vanessa
Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e
presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de
amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.
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E era isso o que Victória fazia:
transformava sonhos em realidade, sofrimento em amor, tristeza e melancolia em
alegria. Contudo essa prática nem sempre foi a ação primeira de Victória Jones. Ela era
uma criança arisca, agressiva, má, impetuosa, egoísta. Por muitas
vezes senti raiva de Victória, mas é claro que a vida dela não foi um mar de
rosas vermelhas (amor).
“Seria típico de Meredith, pensei, me fazer sofrer para provar que
tem razão.”
Quanto maior o sofrimento de Victória, mais ela se
revoltava contra o mundo. Mais ódio, rancor e tédio tomavam conta de suas células.
Abrindo espaço para uma garota ‘burra’. Os adultos que estavam a sua volta eram
incapazes de compreender o coração selvagem camuflado de ódio que se guardava em
Victória.
Claro que a vida colocou pitadas de mel no caminho de Victoria, que a fez compreender que seria capaz de amar e que poderia ser amada. O amor era um novo aprendizado, e sua ‘complexidade’ assustava. Victória conhece Elizabeth e pela primeira vez consegue sentir o toque verdadeiro de uma mãe. Aprende a linguagem das flores e nasce uma alquimista capaz de transformar o mundo ao seu redor.
Claro que a vida colocou pitadas de mel no caminho de Victoria, que a fez compreender que seria capaz de amar e que poderia ser amada. O amor era um novo aprendizado, e sua ‘complexidade’ assustava. Victória conhece Elizabeth e pela primeira vez consegue sentir o toque verdadeiro de uma mãe. Aprende a linguagem das flores e nasce uma alquimista capaz de transformar o mundo ao seu redor.
Victória Jones foi abandonada
pela mãe
ainda bebê, foi sendo trocada de pais adotivos por muitos anos, odiava ser
tocada, até que encontra Elizabeth, sua ultima e verdadeira mãe adotiva. As vidas das
duas mudam por completo...
“-
Estou falando da linguagem das flores - disse Elizabeth - Ela surgiu na era
vitoriana, quando as pessoas ainda se comunicavam por meio das flores. Ao
receber um buquê de um rapaz, as moças corriam para casa a fim de tentar
decifrar sua mensagem secreta. Rosas vermelhas significam amor; as amarelas,
infidelidade. Então os homens precisavam escolher as flores com cuidados.”
Essa é a
ultima chance de Victória
para não
ser mandada para um abrigo, pois depois dos 10 anos as crianças que não fossem adotadas eram
encaminhadas para abrigos. Mas ser amada pode assustar uma garotinha como Victória. Aprender a dominar
os sentimentos e explorar outros novos sentimentos não era uma tarefa simples.
E a protagonista desta história põe tudo a perder...
Victória segue para um abrigo
e aos dezoito anos terá
de aprender a se virar. Contudo, ela já domina a linguagem das flores, e mais uma
vez o destino derramará
mel em seu caminho. Ela encontrará um grande amor e momentos de reencontros
surgirão
nessa linda história.
Quando
vi o título do livro e a capa,
fiquei fascinada. Procurei por algumas resenhas, mas não sabia se deveria
acreditar no que elas diziam. Cada pessoa interpreta a sua maneira. E se eu
amasse o livro? E se eu detestasse o livro? Precisava tê-lo ao meu alcance! E
afirmo categoricamente que já está na minha lista de clássicos.
Lendo a
trajetória
de Victória,
percebemos que o belo pode estar escondido e sempre existirá em todos os seres. Victória não e considerava digna
para amar e ser amada, mas o destino mostrou-lhe que tudo é uma questão de querer.
Sobre a autora:
Vanessa Diffenbaugh
nasceu em São Francisco. Após estudar pedagogia e
escrita criativa na Universidade de Stanford, lecionou arte e redação para jovens de comunidades
pobres. Ela e seu marido, PK, têm três filhos: Tre'von, de 18 anos, Chela, de
4, e Miles, de 3. Atualmente, mora com a família em Cambridge.
Livro: A Linguagem das Flores
Autores: Vanessa Diffenbaugh
Páginas: 304
ISBN: 9788580410174
Editora: Arqueiro
por Lilian Farias
@liligarota
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