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3 de setembro de 2012

Generalizar nem sempre é o caminho


By imagem jois85

Vamos bater um papo sobre gênero. Às vezes é comum, mundo afora, encontrar pessoas com um hábito, bizarro, de na hora da leitura não conferi o gênero que debruça sob os olhos. Cada gênero textual tem uma finalidade discursiva. Uma intenção ao ser proferido! Caso o leitor não respeite tempo, espaço e corpo físico do texto a leitura poderá ser comprometida. 
Vamos para um exemplo clássico: a leitura que você faz de sua mãe (para quem tem mãe) possivelmente não será a mesma leitura que você fará de seu vizinho. Como assim? Ora, pressupõe-se que você ama a sua mãe e que o sentimento que você nutre pelo vizinho não é o mesmo amor. Até pode amá-lo, mas será que é como ama sua mãe? Você mora e/ou morou com a sua mãe, mas não com o vizinho... Se você brigar com a sua mãe, existe uma possibilidade muito grande de vocês voltarem a trocar amores, mas se brigar com o vizinho as possibilidades são bem menores. Viu que não é a mesma coisa? 
E não é diferente com os gêneros textuais. Não dá pra ler uma crônica como se estivesse lendo um romance. Ou uma poesia como se estivesse lendo uma novela. Como assim? 
‘Uma rosa é uma rosa é uma rosa.’
Quando alguém escreve uma carta, por mais que não tenha data ou assinatura, ela não deixa de ser uma carta. E você não vai ler essa carta como quem ler uma poesia ou uma bula de remédio. Um texto publicitário não é lido como um bilhete para o namorado. Ou você vai dar um beijo apaixonado no dono das Casas Bahia? Por que se dessa forma for feito podemos generalizar erroneamente. E jamais chegar ao ápice discursivo daquele texto. 
Quer ver outro exemplo patético: é quando o leitor acredita que o filme deve ser fidedigno ao livro. Ele não se sensibiliza com o fato de serem artes diferentes! Oh, My God! E se usarem uma música para uma publicidade, esse gênero não vai deixar de ser um gênero publicitário. Uma propaganda me vê como produto do capitalismo. Já a poesia ou o romance, não. O livro cientifico não tem a menor intenção de informar como um cordel, portanto as normas da ABNT devem ser respeitadas e compreendidas. 
Alguns blogs literários têm cometido alguns pecados ao acreditar que possuem o ‘Dom extremo’ ao direito de generalizar a arte. São tão cruéis e insensíveis nas resenhas ou artigos literários que, decididamente, quase vomito! 
Li uns textos de ‘X’ blogueiro que arrasava o cantor e compositor Oswaldo Montenegro. Ele não é forçado a gostar de Oswaldo, mas se for pra fazer análise que seja com o mínimo de bom senso. Veja o contexto histórico, a ideologia do autor, as palavras empregadas e a razão.  Ou então, se retenha a total escuridão e diga apenas: Eu não gosto! Outra dica é pesquisar sobre o que se está lendo, já que deseja dizer coisas negativas.
Na moral, alguns blogueiros e/ou fazem um papel tão ridículo que dá pano pra manga! É motivo pra piadas. Certa vez um camarada analisou uma poesia como se estivesse lendo um livro universitário. Decididamente, não dá pra generalizar os gêneros. 
Eis que esta é a 
Lilian Farias 
@liligarota

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